sábado, 29 de abril de 2017

O que significa a lei da semeadura na Bíblia?

Presbítero André Sanchez

Você pergunta: Tenho estado desanimado de participar da minha igreja, pois meu pastor só tem pregado sobre a lei da semeadura e em todo culto fica o tempo todo falando que devemos ofertar mais se queremos receber mais de Deus. Gostaria muito de saber mais sobre essa lei da semeadura e se realmente esse tipo de pregação dele está correta perante Deus, se isso que ele tem pregado realmente é correto.
Caro leitor, a Bíblia fala bastante sobre a lei da semeadura, porém, pessoas maldosas têm usado os princípios dessa lei citada na Bíblia (de forma distorcida) como algo para obter vantagens das pessoas, através da manipulação de textos bíblicos. Vamos aprender de forma mais clara sobre essa lei e o que ela realmente quer dizer na Bíblia.

O que realmente significa a lei da semeadura na Bíblia?

(1) A lei da semeadura significa que quando alguém planta algo deverá colher algo baseado naquilo que plantou. Um exemplo simples para deixar mais claro: se eu plantar morangos colherei morangos. Em toda a Bíblia encontramos esse princípio, porém, é importante compreendê-lo corretamente e exatamente como Deus o mostra a nós. Vejamos, por exemplo, este verso: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmos 126:6). Aqui vemos claramente a ideia de alguém que plantou mesmo em dificuldades e colheu daquilo que plantou, viu o fruto de seus esforços.

Aspecto positivo e negativo da lei da semeadura

(2) A lei da semeadura tem um aspecto positivo (que vimos acima) e também um negativo. No aspecto positivo a pessoa que semeia algo bom colherá algo proveitoso em algum momento. No aspecto negativo, aquele que por algum motivo não faz a sua parte e deixa de semear, não colhe nada, ou, às vezes, colherá coisas ruins por conta de sua atitude: “Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” (Eclesiastes 11:4). Ainda pensando no aspecto negativo dessa lei, podemos ver que tudo que é de ruim que o homem plantar, um dia irá colher: “O que semeia a injustiça segará males; e a vara da sua indignação falhará” (Provérbios 22:8).

(3) Ainda que muitas vezes possamos questionar a justiça de nossas “colheitas”, pois é evidente para todos que muitas vezes, mesmo plantando coisas boas nessa vida, nem sempre as conseguimos colher nesse mundo injusto, porém, a Bíblia deixa claro que Deus fará a justiça necessária e no tempo certo: “Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia” (Salmos 37:6). Por isso, não devemos desanimar em plantar aquilo que é correto e justo, mesmo que não vejamos a colheita desses frutos de forma imediata ou no momento que achamos que temos de colher. Um dia colheremos, pois Deus é justo. Nosso papel é plantar boas sementes!

Usos distorcidos da lei da semeadura

(4) Agora que entendemos bem o que é essa lei da semeadura na Bíblia, vamos analisar o que alguns espertalhões têm feito usando esse conceito para extorquir pessoas. O principal texto usado é (2 Coríntios 9:6) “E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará”. Esse texto é muito usado por alguns espertalhões da fé para dizer às pessoas que se elas querem colher bênçãos grandiosas de Deus têm que dar muita oferta na igreja (semear muito). Mas será que é isso que esse texto ensina?

(5) Podemos ver claramente que Paulo está chamando as pessoas a generosidade e não está querendo trazer a ideia de que Deus só abençoa pessoas que ofertam “muito” para determinada obra e nem que Deus obrigatoriamente dá muito a quem dá muito. O verso seguinte nos traz exatamente a ideia de ter um coração generoso e não a ideia de fazer negócio com Deus, onde eu dou algo e Deus obrigatoriamente precisa me dar de volta: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7). O foco aqui é a alegria em obedecer a Deus, usando os recursos que Deus nos dá para abençoar vidas. Esta é a colheita: a obediência, a aprovação do Senhor e ver as pessoas sendo abençoadas. É uma colheita espiritual acima de tudo. E não um toma-lá-dá-cá com Deus.


(6) A lei da semeadura bíblica e genuína nos ensina sobre a nossa responsabilidade como mordomos (administradores) de tudo quanto Deus nos deu, seja força, capacidades, riquezas, inteligência e tudo mais. Deus nos deu todas essas coisas antes que fizéssemos qualquer coisa para merecê-las e deseja que as usemos de forma abençoada para frutificar e fazer o bem, para abençoar vidas de todo coração com um coração grato e não com um coração que só faz algo esperando algo em troca: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê” (Deuteronômio 8:17)

(7) Por fim, quero dizer que, apesar da lei da semeadura nos trazer muitas coisas positivas (até mesmo materiais que Deus sabe que necessitamos), em grande parte dos casos, ela nos gera colheitas espirituais e não materiais. Podemos ver isso na vida do próprio apóstolo Paulo, um homem extremamente generoso e comprometido com Deus, mas que relata algo interessante: “em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez” (2 Coríntios 11:27). Percebe como Paulo sofreu privações mesmo sendo generoso, mesmo semeando muito? Por quê? Não teria ele que colher os frutos da sua generosidade?


(8) Isso nos mostra que Deus não tem a obrigação de nos dar bens materiais e uma “vida boa” como colheita do que fazemos de bom. A lei da semeadura bíblica é mais profunda do que isso e nos faz enxergar uma colheita superior, assim como Paulo enxergou: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2 Timóteo 4:7). Essa é a maior colheita da nossa vida! Aquela que vai além deste mundo e de suas coisas passageiras.

domingo, 23 de abril de 2017






Orar no monte ou na igreja faz com que a oração tenha mais poder?


                                               Presbítero André Sanchez

Você Pergunta: Tenho alguns amigos que gostam muito de orar no monte. Segundo eles orar lá no monte é diferente, é algo muito mais poderoso do que orar apenas em casa. Eu gostaria de saber se isso existe mesmo, se a oração feita em um monte ou na igreja tem mais força que a oração feita em casa, por exemplo.

Caro leitor, muito oportuna sua pergunta, já que hoje está voltando com muita força uma prática de tempos atrás, onde as pessoas afirmavam que orações feitas no monte são diferentes, são mais poderosas e até mais ouvidas por Deus do que orações feitas em outros lugares.

Mas será que isso é bíblico? Vamos analisar e compreender a questão:

A oração em regiões de montanhas era muito comum entre o povo judeu, principalmente por causa da geografia de seu território que favorecia tal prática devido à quantidade de montes. Outro fator interessante foram as grandiosas coisas que Deus fez e que envolviam os montes. Por exemplo, os dez mandamentos foram dados a Moisés no Monte Sinai. Elias venceu os 450 profetas de Baal no Monte Carmelo, quando Deus mandou fogo do céu ali. O templo de Salomão também foi construído nas regiões montanhosas de Jerusalém. Vemos também Jesus várias vezes usando os montes como local de suas orações: “E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada [ já ] a tarde, estava ali só.” (Mt 14. 23)

Por esses e outros motivos, os montes aparecem na Bíblia com muita frequência relacionados a momentos especiais e poderosos de comunhão com Deus. Parece óbvio entender que, por causa desses fatos bíblicos, os montes teriam “algo de especial” para oferecer em termos de comunhão com Deus e poder. É o que muitos entendem e, por esse fato, estão sempre buscando montes para orar tentando alcançar um poder maior em suas orações. Já vi muitos pastores na Internet e na TV coletando nomes para levar ao monte a fim de interceder e prometendo mais poder nesse tipo de oração.

Porém, a Bíblia não aponta que lugares concedam mais poder a oração. Ou seja, não há nada na Bíblia que diga que no meu quarto a oração é mais fraca do que em um monte. Ou que se eu orar na igreja minha oração será atendida, mas se eu orar na sala de casa não será.

 Interessante notar que quando Jesus orientou seus discípulos a respeito da oração usou a figura do quarto como exemplo de um bom lugar para orar: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6. 6). É evidente que Jesus não estava aqui apontando que lugares conferem poder a oração. Ele estava tratando o caráter de comunhão e verdade entre o que ora e Deus. E também estava cutucando os hipócritas que oravam com o fim de serem vistos e tratados como mais espirituais que os outros. O foco de Jesus era a forma correta de orar e não lugares. Apesar de gostar de orar no monte e em lugares solitários, Jesus nunca atribuiu poder aos lugares, mas ao exercício da fé dos que oravam.

Só a título de curiosidade temos registrado na Bíblia orações em diferentes lugares: No cenáculo (At 9.40); A beira mar (At 20.36-38); Dentro da água (Lc 3.21); No terraço de uma casa (At 10.9). Também podemos destacar que a oração modelo dada por Jesus, o Pai Nosso, não apresenta indicações de lugares para ser realizada.

Dessa forma, concluímos que lugares não conferem qualquer status de poder a oração. É obvio que lugares proporcionam experiências melhores ou piores para alguma prática. Por exemplo, andar de carro é definitivamente melhor em um autódromo que em uma rua esburacada. Assim, montes e outros lugares cercados de natureza, proporcionam uma atmosfera de paz e tranquilidade que favorece a nossa comunhão com Deus e nosso foco. Mas esse fato não determina que uma oração seja ou não “forte”.

A oração sincera de uma pessoa a de Deus, independente de lugar, será ouvida pelo Senhor, que decidirá e dará sempre a última palavra em sua resposta. Como nos disse bem Tiago: “…Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tg 5:16).

sexta-feira, 21 de abril de 2017


CUIDADO COM AS MENTIRAS DO DIABO, ELE É ENGANADOR!


Muitos deixam de buscar a Verdade, porque se enganam com as palavras deste mundo. O inimigo de nossas almas é perito em enganar, trapacear e distorcer a verdade. Contudo, ao invés de criar pré-conceitos ou fazer um juízo de valor equivocado, recomendo que leia a Bíblia.



“Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a Verdade” (João 17:17).



Veja, abaixo, algumas frases diabólicas, que estão tirando muitos do caminho da Verdade:



Frase 1 - "Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar.... Apesar de todas as consequências." 



Mentira do diabo! A Bíblia diz que o nosso coração é enganoso. 



“O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” (Jeremias 17:9).



Frase 2 -  Deus quer que você seja feliz”. 



Mentira do diabo! Quem diz isso geralmente pensa a curto prazo, só para esta vida. Mas Deus projeta felicidade eterna para aquele que crê em Jesus e tem seus pecados perdoados. Quanto à nossa breve vida aqui, ele diz: 



“...No mundo tereis aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo".” (João 16:33).



Frase 3 - “Somos todos filhos de Deus”.  



Mentira do diabo! Todos são criaturas de Deus, mas filhos somente aqueles que nascem de novo pela fé em Jesus. 



“A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1:12-13).



Frase 4 - “Quando você morrer o céu ganhará mais um anjo”



Mentira do diabo! Seres humanos não são anjos e nunca serão. Somos, originalmente, menores que os anjos, mas os salvos por Cristo serão exaltados nEle a uma posição acima dos anjos.



 “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6:3).





Frase 5 - “Todos os caminhos levam a Deus”.  



Mentira do diabo! Na verdade esta ideia foi emprestada do ditado “Todos os caminhos levam a Roma”. Contudo, é melhor escutar o que Jesus diz:



“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6).


Meditemos nisso!


quinta-feira, 20 de abril de 2017


Jefté realmente sacrificou sua filha a Deus ou ela permaneceu viva?

Presbítero André Sanchez

Você Pergunta: Lendo na Bíblia a história a respeito do juiz Jefté, fiquei com muitas dúvidas se Jefté sacrificou realmente sua filha em holocausto a Deus. Você poderia me dar uma luz nesse assunto? Alguns dizem que ele apenas não a deixou casar-se mais. Será que Deus aceitaria um sacrifício humano? Como podemos entender melhor essa história de Jefté?

Caro leitor, esse é um caso bastante drástico descrito na Bíblia e que precisa ser analisado com todo o cuidado para entendermos corretamente cada detalhe dessa história. Vamos fazer isso agora?



Jefté sacrificou sua filha a Deus?

(1) No relato bíblico podemos observar que Jefté era filho de Gileade com uma prostituta (Juízes 11:1). Por esse motivo ele foi rejeitado pelos seus irmãos e expulso de sua casa (Juízes 11:2). Jefté, após ser expulso, foi morar em outra terra e se ajuntou com homens de má índole (Juízes 11:3). Mas ele tinha certo valor diante de algumas pessoas de seu povo, pois, quando os amonitas se ajuntaram contra Israel, ele foi chamado para ajudar a derrotá-los (Juízes 11:6). Jefté, então, é colocado como líder do povo de Israel e do exército para lutar contra os amonitas (Juízes 11:11).

(2) Podemos observar na narrativa que Jefté respeitava o Senhor e buscava conversar com o rei dos amonitas para conseguir tirar dele a ideia de guerrear: “Não sou eu, portanto, quem pecou contra ti! Porém tu fazes mal em pelejar contra mim; o SENHOR, que é juiz, julgue hoje entre os filhos de Israel e os filhos de Amom” (Juízes 11:27). Mas o rei dos amonitas não ouviu os argumentos de Jefté, antes, se preparou para lutar contra Israel (Juízes 11:28).


A promessa de Jefté a Deus

(3) É dentro desse contexto que Jefté faz uma promessa a Deus: “Fez Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto” (Juízes 11:30). Evidentemente esse foi um voto tolo, pois em toda a Bíblia observamos que Deus não aceita sacrifícios humanos em Seus altares, antes, Deus deu leis de como deveriam ser feitos os holocaustos e em nenhuma delas é aceito uma pessoa como oferta queimada em sacrifício. Jefté, provavelmente, se baseou em atitudes de povos pagãos, achando que poderia fazer esse tipo de voto ao Senhor.


(4) Jefté saiu vitorioso dessa batalha contra os amonitas (Juízes 11:32-33) e, ao chegar em casa, a primeira pessoa que lhe saiu ao encontro foi sua filha: “Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha” (Juízes 11:34). E logo ao encontrá-la Jefté lamenta o voto que fez: “Quando a viu, rasgou as suas vestes e disse: Ah! Filha minha, tu me prostras por completo; tu passaste a ser a causa da minha calamidade, porquanto fiz voto ao SENHOR e não tornarei atrás” (Juízes 11:35).

A filha de Jefté realmente foi morta em sacrifício?

(5) A filha de Jefté, erroneamente, aceita o voto do pai e solicita a ele que permita que ela chore por dois meses o fato de não poder constituir família (Juízes 11:37). Assim que a filha de Jefté volta, ao invés dele ter refletido mais sobre seu voto absurdo e sobre o que a Lei de Deus dizia a respeito de sacrifícios humanos, Jefté prefere seguir os costumes pagãos da região onde morava e sacrifica a filha em holocausto. O texto não nos dá detalhes de como foi feito o sacrifício, mas deixa claro que ela morreu segundo o voto feito pelo pai: “Ao fim dos dois meses, tornou ela para seu pai, o qual lhe fez segundo o voto por ele proferido; assim, ela jamais foi possuída por varão…” (Juízes 11:39)

(6) Alguns entendem que o trecho da Bíblia onde diz ela jamais foi possuída por varão” (Juízes 11:39) teria sido a forma de cumprimento do voto e Jefté a teria deixado viva sem casar, no entanto, a narrativa mostra claramente que Jefté fez segundo o voto por ele proferido (Juízes 11:39), ou seja, a ofereceu em sacrifício de holocausto, claro, não aceito por Deus de forma alguma.

segunda-feira, 17 de abril de 2017




5 razões para recomeçar quando você sofrer uma derrota

                                                 Presbítero André Sanchez

Derrotas! Quem gosta delas? A derrota costuma nos trazer tristeza, frustração e, muitas vezes, dor. Daí não gostarmos muito da presença dela em nossa vida. Muitas pessoas sofrem grandes baques quando são derrotadas. A derrota exerce tamanho impacto na vida delas que costumam perder o ânimo. Alguns ficam tristes, ansiosos, depressivos e se perguntam se conseguirão superar a queda. Não é pequeno o número daqueles que desistem diante das derrotas, que perdem a capacidade de sonhar, que não creem mais que serão vitoriosos um dia. Felizmente uma derrota não é o fim. A Bíblia nos ensina cinco preciosas razões para não olharmos para a derrota como o fim, mas como uma oportunidade de recomeçar.

1) Recomece recebendo o perdão de Deus

Muitas de nossas derrotas acontecem porque pecamos contra Deus. Damos ouvidos à nossa carne, ao mundo, ao inimigo de nossas almas. O pecado acaba nos levando a derrota, ao que a Bíblia chama de caminhos de morte (Provérbios 16:25). Felizmente Deus tem misericórdia de nós e proveu uma forma de recomeçarmos. Essa forma chama-se arrependimento. Deus nos ensina que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).  Deus nos dá a oportunidade de recomeçarmos após uma derrota, recebendo o pleno perdão Dele.

2) Recomece com novas atitudes

Alguém já disse que atitudes iguais levam a resultados iguais. Quando somos derrotados precisamos avaliar a situação e identificar formas de fazer diferente. Se após uma derrota recomeçarmos agindo da mesma forma seremos derrotados novamente. É preciso traçar novas ações. A Bíblia diz algo interessante sobre esse tema: “e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios 4:24). Para recomeçar após uma derrota precisamos aprender a tirar a roupa velha, a roupa da derrota, e vestir-nos com uma nova roupa, que nos dará a capacidade de construir uma nova história, vitoriosa. Para que tenha efeito, essa nova roupa precisa ser pautada na justiça e retidão como nos ensina o texto.

3) Recomece com positividade

Sempre que passamos por uma derrota e buscamos um recomeço, é normal que surjam alguns sentimentos na nova caminhada. Geralmente após a animação inicial do recomeço costumamos ser muito tentados pela negatividade. Essa negatividade nos faz ver as coisas em preto e branco, trazendo à nossa mente o fantasma das derrotas anteriores. Muitas vezes nos leva a uma nova derrota, pois ficamos como que travados por uma negatividade paralisante. Por isso, precisamos recomeçar positivamente, tendo fé: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hebreus 11:1). Negatividade gera incerteza, fé gera certeza, mesmo que nada esteja sendo visto.

4) Recomece com planejamento

Muitas das nossas derrotas acontecem porque não planejamos as coisas. Planejamentos nos ajudam a pensar com antecedência em questões importantes e antecipar a solução de problemas que podem surgir e causar a nossa derrota. A queda de um prédio pode ser impedida se os engenheiros projetarem com cuidado cada estrutura a fim de darem sustentação a ele. Jesus nos ensinou sobre isso: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lucas 14:28). Recomeçar com um bom planejamento vai evitar que passemos vergonha diante de uma nova derrota.

5) Recomece sendo mais resiliente

Resiliência é uma palavra da física e significa a capacidade de alguns materiais retornarem ao seu estado original após sofrerem alguma pressão. Por exemplo, entre os materiais resilientes estão a espuma, a mola, o elástico. Devemos recomeçar como a espuma, que mesmo sofrendo pressões consegue retornar à sua posição original. Um exemplo clássico dessa característica foi Jó, que após receber notícias terríveis mostrou grande resiliência: “Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1:20-21). Jó sofreu grandes perdas, mas soube recomeçar sem amaldiçoar a Deus, foi resiliente e firme em suas posturas. Por isso, Deus fez dele um vencedor!

domingo, 16 de abril de 2017




Jesus levou sobre si todas as nossas enfermidades, por isso, os crentes não devem ficar doentes?

                                                Presbítero André Sanchez

É muito comum ouvirmos alguns crentes afirmarem que o cristão que está doente não deve aceitar essa condição porque Jesus levou lá na cruz todas as nossas enfermidades e, por isso, o crente não deve ficar doente. O texto que é usualmente usado para essa afirmação é (Isaías 53.4)“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.”. Segundo muitos esse texto seria o embasamento de que o crente que está doente está em pecado ou está com uma fé “pequena”, por isso, precisa exercer a sua fé com mais firmeza, pois essa doença foi levada por Cristo lá na cruz e não deveria acontecer na vida desse crente.

Tenho dificuldades de crer nesse conceito por alguns motivos que exponho abaixo:

(1) Qual seria o significado de “enfermidades” no texto de (Isaías 53.4)? No hebraico a palavra é “choliy”, que significa “doença”. Mas será que o texto está falando de doenças físicas?

Creio que a obra de Jesus pode sim repercutir positivamente em nosso físico, porém, o contexto parece nos indicar que os benefícios curativos da morte de Cristo tem um alvo muito mais espiritual que físico. O versículo cinco desse mesmo texto de Isaías diz: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”.

Note que as “doenças” citadas no contexto são as transgressões e iniquidades, que apontam para o ser humano afundado no pecado. Jesus foi traspassado e moído por causa dessas doenças (nossos pecados) e não de doenças físicas. Note ainda que essa obra curativa de Jesus sobre essas nossas doenças nos tornou “sarados”. A ênfase aqui não é em problemas de saúde do nosso físico, mas do nosso espírito. Jesus nos sarou das consequências de nossa pior doença (pecado). Jesus não morreu na cruz para que eu não tivesse mais uma dor de cabeça ou uma dor na coluna ou outra doença.

É claro que aquilo que está em nosso espírito pode repercutir no físico, mas isso não significa que a obra de Jesus foi para nos livrar de todas as doenças físicas e que nunca deveríamos ficar doentes fisicamente.

(2) Considerando que Jesus tenha levado nossas doenças físicas lá na cruz como alguns dizem, como podemos harmonizar esse pensamento com o fato de que milhares de crentes ficam doentes todos os dias (e até morrem em decorrência dessas doenças) no mundo inteiro? E ainda o fato de vários crentes terem ficado doentes na Bíblia Sagrada (Paulo, Timóteo, Lázaro, Trófimo, etc)? Nesse momento me lembro de um pedido de oração que vi no Facebook do grande evangelista Billy Grahan, reconhecido homem de Deus, e que está seriamente doente. Servos de Deus ficam doentes o tempo todo e nem por isso estão longe de Deus. Ora, seria a obra que Jesus fez na cruz fraca ou mal feita a ponto de não fazer efeito na vida de seus servos? Essa obra de Jesus estaria apoiada em nossas obras e não nos méritos Dele?

O texto de Isaías é enfático ao dizer que pelas suas pisaduras fomos sarados.”. Não há margem alguma para pensarmos que algum crentes verdadeiros são sarados e outros não. Ou que crentes podem ficar sarados em alguns momentos e em outros não. Em meu entendimento o texto de Isaías só consegue estar harmonizado com a salvação pela fé, que não é por obras do ser humano, e que é operada totalmente e plenamente por Deus (Efésios 2.8) . Só assim o “fomos sarados” se cumpre sem dúvida alguma e plenamente na vida do ser humano. A obra de Jesus citada por Isaías é a de remissão de nossos pecados, nossa maior doença.

(3) Assim concluo que o argumento de que Jesus levou todas as nossas doenças físicas lá na cruz e que não podemos ficar doentes, não tem embasamento no texto de Isaías. Devemos sim buscar a cura nos meios que Deus coloca diante de nós, na medicina, por exemplo, e, por que não também no agir sobrenatural de Deus quando necessário. Porém, não podemos afirmar que se um crente está doente isso signifique que a obra de Jesus não esteja sendo feita na vida dele. Muitos crentes verdadeiros, inclusive, morrerão vítimas de doenças e morrerão plenamente na presença de Jesus sem qualquer prejuízo da obra de Cristo na cruz.

sábado, 15 de abril de 2017





Ilustrações cristãs: Você está infeliz com a sua aparência?            

Postado por Presbítero André Sanchez

Um homem muito desanimado com a vida por causa da aparência que tinha entrou em uma Igreja e, sozinho, desabafou em alta voz com Deus:

– Senhor, aqui estou eu só. Vim aqui à igreja porque aqui não tem espelhos pra que eu veja minha própria miséria! Nunca me senti satisfeito com a minha aparência. Por que o Senhor me criou assim?! Antes não tivesse nascido!

Enquanto ainda derramava sua indignação perante Deus, subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés, vinha do alto do templo. Atônito, ele a apanhou e começou a ler a mensagem que estava escrita ali:

A feiura é invenção dos homens e não minha. Não importa se os braços são longos ou curtos. Sua função é o desempenho do trabalho honesto.

Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é dar e receber bem.

Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.

Não importa se a cabeça tem ou não cabelo, mas sim os pensamentos que passam por ela.

Não importa a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida.

Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativo. O que importa são as palavras que saem dela.

Atônito, o homem foi saindo da igreja, e na porta de vidro viu o seu reflexo. Bem no meio de seu reflexo estava escrito:

“Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se de que em tudo que existe escrito sobre Mim não há uma única linha dizendo que sou bonito” (Jesus Cristo)

Para nossa Reflexoes Qual Nossa Real Motivação? "Dai ao SENHOR a...